domingo, 25 de julho de 2010

Do conto

Que sensação boa de pertença.
De leitura da alma na escrita do poeta.
Como se o absurdo simplificasse o peito e sorrir fosse fácil igual nas linhas literárias.
Absurdando o comum nasce poesia.
E também mata a saudade.
A respiração fica calminha, calminha
Só ofega quando vira a página.

.de 19/07/2010.

domingo, 4 de abril de 2010

Da saudade e do não acontecido

É bom sentir saudade. Delicadeza da alma que suspira pelo passado. Relembrar um momento vivido com esperança de que aquilo possa acontecer de novo.
A saudade está ligada à ausência, ou à presença que se faz ausente. Ela geralmente tem a falta como arrimo e se dedica a preenchê-la, seja pelo pensamento, seja pelo coração.
A saudade é também variável. Não fica só no passado, mas passeia no indicativo. Pode se acometer de algo que nem chegou a acontecer. É a ‘saudade do que não foi vivido’. Sente-se um futuro que deveria ter acontecido no passado. É pretérita imperfeita. Ela é vazia, triste, pois não recorda, não há acontecidos, mas apenas busca uma presença que talvez, de tanto desejada pode se tornar realidade.

.de 23.04.2009.